





Marina é um suspense narrado por Óscar Drai, um garoto de 15 anos que vive em um internato, imerso em solidão e tédio. Para fugir da mesmice e encontrar liberdade, Óscar costuma sair escondido à noite e andar pelas ruas de uma Barcelona esquecida e admirar as belas arquiteturas. Em um desses passeios, o garoto fica curioso com um casarão antigo no final de uma rua já abandonada e resolve explorá-lo, e é assim que, após alguns desencontros, ele conhece Marina. Marina é uma menina encantadora, cujos olhos cinzas são profundos e intensos, por quem Óscar fica fascinado e não demora a se apaixonar. Juntos, eles vivenciam a - provavelmente - mais incrível experiência de suas vidas.
Em um passeio no mínimo diferente a um cemitério esquecido, eles encontram a por eles chamada Dama de Preto, que sempre chega em uma carruagem à mesma data e à mesma hora para visitar um túmulo que não possui inscrições, apenas um símbolo: uma mariposa negra. A partir de então, Marina e Óscar passam a tentar solucionar o mistério que envolve a tal Dama de Preto e se veem em meio a um grandioso enigma, e para resolvê-lo os dois protagonistas vivenciam perigos bem reais em uma atmosfera cheia de suspense e drama.
"Marina me disse um dia que a gente só se lembra do que nunca aconteceu"
Seguindo as pistas que nos são mostradas com genialidade a cada página, Óscar e Marina sempre se deparam com a tal mariposa negra e, após aventurosas situações de tirar o fôlego, chegam à Mijail Kolvenik e sua esposa Eva Irinova, em torno dos quais gira todo esse mistério.
Em uma narrativa simplesmente perfeita, Zafón constrói personagens muito bem explorados, tornando-os reais e com vasta dimensão psicológica. Metafórica e cheia de lirismo (como é natural das narrativas do autor), essa é uma história extremamente bem arquitetada, sem erros, com desdobramentos surpreendentes; uma trama emocionante e muito bem amarrada, que nos leva a uma grande mistura de sentimentos.
"Ninguém entende nada da vida enquanto não entender a morte - acrescentou Marina"
Germán, o pai de Marina, é um personagem extraordinário, também muito bem construído e explorado. Já doente, foi um excelente pintor, mas não superou a morte da esposa, de quem fazia belíssimos retratos, e parece que vive à espera da morte.
Sou suspeita, pois Carlos Ruiz Zafón é meu escritor preferido <3 mas realmente adorei Marina, acho que vale muito a pena! Não ganha de A Sombra do Vento, mas nenhum ganha! hahaha

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Beijos com carinho! ♥
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