2 de março de 2014

[Resenha] Marina - Carlos Ruiz Zafón

marina
Título Original: Marina
Editora: Suma de Letras
Páginas: 189
Gênero: Mistério/Drama
ISBN: 978-85-8105-016-4
Classificação: EstrelasEstrelasEstrelasEstrelasEstrelas
Onde comprar: SUBMARINO | SARAIVA | CULTURA
 
 
Marina é um suspense narrado por Óscar Drai, um garoto de 15 anos que vive em um internato, imerso em solidão e tédio. Para fugir da mesmice e encontrar liberdade, Óscar costuma sair escondido à noite e andar pelas ruas de uma Barcelona esquecida e admirar as belas arquiteturas. Em um desses passeios, o garoto fica curioso com um casarão antigo no final de uma rua já abandonada e resolve explorá-lo, e é assim que, após alguns desencontros, ele conhece Marina. Marina é uma menina encantadora, cujos olhos cinzas são profundos e intensos, por quem Óscar fica fascinado e não demora a se apaixonar. Juntos, eles vivenciam a - provavelmente - mais incrível experiência de suas vidas.

Em um passeio no mínimo diferente a um cemitério esquecido, eles encontram a por eles chamada Dama de Preto, que sempre chega em uma carruagem à mesma data e à mesma hora para visitar um túmulo que não possui inscrições, apenas um símbolo: uma mariposa negra. A partir de então, Marina e Óscar passam a tentar solucionar o mistério que envolve a tal Dama de Preto e se veem em meio a um grandioso enigma, e para resolvê-lo os dois protagonistas vivenciam perigos bem reais em uma atmosfera cheia de suspense e drama.

"Marina me disse um dia que a gente só se lembra do que nunca aconteceu"

Seguindo as pistas que nos são mostradas com genialidade a cada página, Óscar e Marina sempre se deparam com a tal mariposa negra e, após aventurosas situações de tirar o fôlego, chegam à Mijail Kolvenik e sua esposa Eva Irinova, em torno dos quais gira todo esse mistério.

Em uma narrativa simplesmente perfeita, Zafón constrói personagens muito bem explorados, tornando-os reais e com vasta dimensão psicológica. Metafórica e cheia de lirismo (como é natural das narrativas do autor), essa é uma história extremamente bem arquitetada, sem erros, com desdobramentos surpreendentes; uma trama emocionante e muito bem amarrada, que nos leva a uma grande mistura de sentimentos.

"Ninguém entende nada da vida enquanto não entender a morte - acrescentou Marina"

Germán, o pai de Marina, é um personagem extraordinário, também muito bem construído e explorado. Já doente, foi um excelente pintor, mas não superou a morte da esposa, de quem fazia belíssimos retratos, e parece que vive à espera da morte.

"Falou de suas dúvidas e medos, disse que a vida tinha lhe ensinado que todas as certezas que temos não passam de simples ilusão e que existem muitas lições que não vale a pena aprender."

Sou suspeita, pois Carlos Ruiz Zafón é meu escritor preferido <3 mas realmente adorei Marina, acho que vale muito a pena! Não ganha de A Sombra do Vento, mas nenhum ganha! hahaha

Sobre o autor: "Carlos Ruiz Zafón nasceu em 25 de setembro de 1964, em Barcelona, cenário de vários de seus romances, mas vive desde 1993 em Los Angeles, onde trabalha como roteirista. Nos anos 1990, escreveu a trilogia infanto-juvenil composta por O príncipe da névoa (1993), O palácio da meia-noite (1994) e As luzes de setembro (1995), e também Marina (1999). Lançado originalmente em 2001, A sombra do Vento vendeu mais de dez milhões de exemplares em todo o mundo.

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Beijos com carinho! 
 

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